sexta-feira, 26 de março de 2010

Histórias da Gente ( Educação de Jovens e Adulto)



Hoje gostaria de compartilhar com todos vocês um projeto que desenvolvi no ano passado numa escola onde eu lecionava para a EJA. A cidade onde moro, São Bernardo do Campo, é muitíssimo urbanizada e industrializada, porém boa parte dela está próxima a represa Billings. Seu crescimento vem de um histórico de grandes industrializações, além da ocupação de várias áreas irregulares. Como conseqüência disso, ela vive um paradoxo: ao mesmo tempo em que é rica, moderna, urbanizada e industrializada, ela possui regiões, principalmente as próximas da represa, irregulares e que sofrem diversas dificuldades.
No ano passado, ao fazer a minha atribuição de sala, escolhi uma escola que é considerada a mais distante da região e está totalmente numa área rural. Confesso que lá tive uma das experiências mais ricas e desafiadoras que vivi, pois ao lecionar naquela região, percebi que os alunos tinham uma forte rejeição pelo lugar onde moravam.
Diante disso, eu, juntamente com outros professores da escola, desenvolvemos um projeto chamado Histórias da Gente. Nele, nossos alunos passaram a fazer um resgate da história daquela região, registrando suas histórias da vida e da comunidade. Dessa forma, puderam falar da evolução da região e influência da cultura e das tradições nordestinas.
Foi uma experiência bacana que virou até um blog e um vídeo que trabalhou com diversos aspectos desde leitura e escrita até a socialização e valorização da região.
Vale a pena conhecer:
Um abraço a todos!

sábado, 13 de março de 2010

Formação Continuada para a Diversidade



Queridos colegas,

Hoje gostaria de falar um pouco a respeito da importância da formação continuada dos educadores. Gosto de falar sobre isso porque acredito que eles são imprescindíveis para a formação tanto de um ambientar escolar quanto de um cidadão que respeita e valoriza a diversidade entre as pessoas.


Numa sociedade cada vez mais diversificada como a nossa, é imprescindível a formação continuada dos educadores. Para isso exige-se um grande preparo por parte dos profissionais que lidem com o ensino e que além de serem responsáveis por proporcionar a descoberta de novos saberes e “levar esse mundo” a compreensão e reflexão do seu aluno, é fundamental que ela aprenda a conviver, compartilhar e a respeitar o outro independente de raça, religião, formação, orientação sexual ou etnia.


Para isso vejo não somente a ação do educador, mas como também a necessidade da escola de ser capaz de envolver toda a comunidade para essa questão. Entendo que em alguns momentos a educação precisa ser um pouquinho mais desburocratizada e permitir que tanto as escolas quanto educadores façam formações não somente associada a oferta de meros conteúdos teóricos ou as inúmeras e penosas reflexões que todo o educador faz que não surte em nenhuma ação concreta.


Gosto muito de citar Paulo Freire e a sua concepção de “educação bancária” ao comparar os programas de formações continuadas que são comumente destinados aos profissionais da educação. Li uma vez num de seus textos a respeito da questão da formação do educador uma afirmação com o qual me identifiquei bastante. Tratava de sua condenação as formações cujas temáticas ou assuntos que muitas vezes não atendiam as reais necessidades de formação do professor e que acabava gerando educadores apenas receptores de conteúdos e que acabavam não agindo e nem transformando sua prática diária em sala de aula.


Vejo como uma forma de garantirmos uma sociedade mais justa e que respeita o próximo através de seu modelo de educação. Vejo aí tanto na escola e quanto ao professor elementos indispensáveis, e muitas vezes desdenhados e desvalorizados, para essa ação. Por isso é que devem ser investidas formações desses profissionais, pois elas não são somente necessárias, mas essenciais para a formação de um cidadão que valoriza e respeita a diversidade ao seu redor. 


Portanto, necessitamos estimular e valorizar constantemente os educadores e valorizá-los como sujeito das transformações que precisam se processar continuamente na escola e na sociedade.

Abraço a todos e obrigado por me acompanharem!